A garota não é tão garota, trinta e cinco anos. Seios pequenos, cadeiruda, movimenta-se rápida e fica repetindo: "me come... me come..."
Depois da transa, saímos. Fomos a um barzinho, beber cerveja, conversar. Ela me perguntou, em tom de ironia, se eu queria casar com ela. Claro, eu disse, quando? Combinamos de nos casar depois do carnaval.
Claro que é depois do carnaval, ela riu. No carnaval, ninguém é de ninguém.
Aí eu vi o cão. Ele estava na porta do bar, olhando-me sarcástico, com a língua de fora. Ergui-me e gritei para o garçon. Vocês deixam cachorros entrarem nesse bar?
Como se tivesse compreendido o que eu dissera, o cão latiu e partiu pra cima de mim. Desviei-me e o cão caiu sobre minha noiva. Seus dentes cravaram-se no belo nariz de Andrucha, e arrancaram-no.
Terminamos a noite no hospital: Andrucha mutilada, e eu decidido a adiar o casamento até que tivéssemos dinheiro para uma plástica de reconstituição do nariz.
Um comentário:
Conto muito bom cara! Parabéns!
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