soneto

sherazade absurdis

Sei que o mundo não é de rosas puras
nem as rosas puras jamais me foram
caras, nem eles, que oram
pagaram-me com rezas as dentaduras

Meu tempo gastaria com cerveja
num botequim tranquilo qualquer
feliz mesmo estando sem mulher
praguejando, furioso, contra a Veja

Se o tempo passa e a idade
aumenta a marcha e a gente chega aos trinta
sem dinheiro para matar uma saudade

não vai ser estressando ou dando pinta
de otário, que comerei a Sherazade,
nem impedir, Ó Céus, que ela minta


(Miguel do Rosário)

Um comentário:

Anônimo disse...

Sonetinho porreta

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