Um velho, morto num quarto
quando minhas mãos pálidas
deixarem cair a última caneta
em um quarto barato
eles vão me achar lá
e nunca saberão
meu nome
minha intenção
nem o valor
da minha fuga
Charles Bukoswki
(tradução de Tatiana Antunes)
Soirée
minha garrafa fica no armário
como um anão esperando para ferir minhas preces
bebo e tusso como um idiota em uma sinfonia
há luz do sol e aves enlouquecidas em todo lugar
o telefone toca derramando seus sons
pelos confis do mar revolto
bebo intensamente e calmamente agora
bebo ao paraíso
e à morte
e à mentira do amor
Charles Bukoswki
(tradução de Tatiana Antunes)
2 comentários:
Dá-lhe, Buck!
O Velho será sempre O Cara!
Buk é rei!
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