Pinturas da Rose

(Rosemary Almendra)


Os corpos de Rose, contorcidos, Bacanianos, noturnos, que absorveram tanta emoção que se tornaram carcaças que deixaram de ser vivos e viraram estandartes da dor. A dor como beleza, expiação do sofrimento, através da expressão gráfica, gestos afirmativos em seu desespero, são como raio-x do dilaceramento da alma, visto sem filtro e sem pudor. O traço que explode e gruda na superfície do papel, assim como a emoção que violentamente gruda na pele dos corpos, transformando seus ossos, carnes e membros num símbolo da condição de angústia do ser.

Por Juliano Guilherme

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