Três notas

Ontem começou o Festival do Rio, com o filme Dália Negra, de Brian de Palma. Bem mais ou menos o filme. Tem todo aquele luxo hooliwoodiano, o clima "las vegas final dos anos 40". O pacote completo: policiais corruptos, mulheres fatais com passado obscuro, políticos venais e empresários inescrupulosos. O clichê excessivo mata o filme. A trama é interessante, mas confusa, difícil de acompanhar.

De Palma é um diretor irregular. Dirigiu o clássico Scarface, aquele que termina com Al Pacino cheirando uma montanha de pó, mas também fez porcarias inomináveis como Missão Marte e Femme Fatale.

A festa aconteceu no Cine Palácio. Para quem estava acostumado com o fausto dos anos anteriores, o evento foi fraquinho, mas não sou eu que vou reclamar aqui do uísque que bebi de graça. Bem, reclamo sim. Faltou champagne e vinho pras mulheres... A música no salão era fraca, sem novidades. O melhor que tocaram foi um Chico Science meio batido, um Boys Dont Cry, do The Cure, que lembrou minha pré-adolescência, mas depois descambaram para o Dance Music, o que foi a minha deixa para abandonar o recinto.

*

Uma palavrinha sobre Pergunte ao Pó, de Tom Cruise: bobinho. Outra palavra: ruim. Um filme inteiro ao crepúsculo. Isso mesmo, o filme inteiro com os raios do sol descaindo, obliquamente, cor dourado-escuro, sobre as ruas e desertos da Califórnia. Muito bonito no início, mas enjoativo ao se repetir ao longo do filme. A atuação do Colin Farrel é medíocre, mas passável. O pior do filme fica por conta de Salma Hayek. Deturparam a história com aguinha e açúcar. Trilha sonora vazia. Filme chato.

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Finalmente, consertei o driver de som do meu computador. Sou um cara mais feliz. Pra começar, escuto a rádio onde trabalha meu amigo Jorge Ferreira. Aqui. Também posso agora curtir um pouco do You Tube.

7 comentários:

Clara Averbuck disse...

puta que pariu. eu não vou ver esse pergunte ao pó. me recusei. me embrulha o estômago quando me dizem coisas do tipo "ah, no livro a camilla morre mesmo nos braços dele?"
vai, pisoteiem na obra dos outros. espero que não aconteça isso comigo. sem comparação, você entendeu.

Anônimo disse...

é uma merda, você espera anos até poder ver seu livro favorito transformado em filme, para, no fim, lamentar e desejar que nada disso tivesse acontecido.

Anônimo disse...

é por isso q eu tb prefiro não assistir. nesse caso acabei vendo pq o Miguel foi na locadora sozinho e pegou o filme mas eu dormi e não vi o final.

Miguel do Rosário disse...

ué pri, voce por aqui? há quanto tempo! :)))

Não perde nada, clara. o filme é bem ruinzinho, como já disse. cuidado! acontece nas melhores famílias. importante você deixar um testamento com orientações claras nesse sentidos. abraço.

alvarez, jura que tem esse trema no dewizqe? como se pronuncia? deve ser difícil conseguir votos no povão. abraço.

Miguel do Rosário disse...

ah, clara, eu a pri já lemos seus livros. muito bons! considere-se convidada pruns drinks quando vier ao Rio. beijos.

Anônimo disse...

fácil, Miguel. é devisque mesmo. pelo menos foi assim que aprendi desde pequeno. a origem é bem antiga, e distante.

votos? não quero e não dou.

Clara Averbuck disse...

pô, eu ia aí esse fim de semana. mas deu tudo errado. tô precisado de um pouco de rio. darei um toque quando conseguir ir. beijos pros dois.

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