Nos bastidores do Festival do Rio

Lá estava eu, atacando pela esquerda e pela direita, que nem o PMDB. Copo de uísque na pata esquerda, long-neck na direita. Ou seja, quase feliz. Digo quase, porque havia um bate-estaca no fundo que eu tentava heroicamente ignorar.

Vamos ao começo. Cheguei na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, onde rolava a festa de lançamento do filme Céu de Suely, por volta da meia-noite, acompanhado de: minha ex-secretária, agora patroa e ídola, Priscila, Justo Dávila, poeta, ex-membro da banda Boatos, e sua consorte, Mariana. Os primeiros momentos foram tensos. Havia uma fila absurda para pegar cerveja. Pior, a fila era para pegar uma ficha para pegar cerveja em outro lugar. Burocracia burra. Mas tudo bem. Fomos pra fila, eu e o Justo, conversando e reclamando. Fila pra cerveja é foda.

Depois de meia hora de fila, a gente quase na caixa, uma garota nos diz que ali não era a fila da cerveja grátis, ali era pra COMPRAR. Escutei a informação perplexo. O Justo mandou essa: a fila é para a gente SABER QUE A CERVEJA GRÁTIS É NOUTRO LUGAR. Caralho, não deu. Explodi de rir. Fiquei descontrolado legal, chorando de rir.

Mas aconteceu que as garçonetes se distraíram e liberaram três long-necks pra gente. As coisas começavam a melhorar. Fomos até a boate e entramos no bate estaca. Eu devia estar louco. Ainda tentei dançar aquela merda. O Justo dançava amarradão, o vendido. A Pri, vendo minha expressão de desespero profundo, fez um lobby pró-rock n'roll com o DJ. O cara era jogo duro. Disse que só ia rolar aquele lixo a noite inteira. Nem tinha trazido outros cds. Puta que pariu. Deu vontade de xingar e esganar o cara.

Saímos dali e, por um tempo, ainda fiquei de mau humor com aquele bate estaca, mas tinha muita gente boa circulando. Topei com Marçal Aquino e Renato Ciasca (co-diretor dos filmes do Beto Brant), e fiquei observando a elite do cinema brasileiro bebendo e trocando idéias. Estavam lá Marcelo Gomes, diretor de Cinema, Aspirinas e Urubus (escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil no Oscar), Lírio Ferreira (diretor de Baile Perfumado e Árido Movie), Walter Salles, além do Karim Aїnouz, diretor do filme da noite, Céu de Suely.

Muito bom filme, esse Céu de Suely. Bom mesmo. Sensível pra cacete, autêntico, cinemão. Só fiquei profundamente decepcionado mesmo com o Karim por (ele confessou pra Priscila) ele ter escolhido aquele merda de DJ.

3 comentários:

superstar disse...

life just a good

Anônimo disse...

oba! estou com a bola toda!

Priscila

Miguel do Rosário disse...

hi superstar, how you came here?

oi, pri!! acostuma não! :))

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