Soneto do cangaceiro
Misterioso é o sol da morte.
Deus e armas regem o universo
Um dois três e fecho o verso
Tu vais pro sul, eu vou pro norte.
Cada um, meu, tem seu porte,
é melhor você rezar o terço,
pois sou poeta desde o berço,
está no sangue e na cor forte.
Sou índio, mestiço e brasileiro,
Serei o que a morte permitir.
Quem no caminho for traiçoeiro,
E tentar, rasteiro, me destruir,
Verá o meu facão de cangaceiro,
Que você no meio eu vou partir.
escrito por Miguel do Rosário Domingo, Fevereiro 27, 2005
***
A cor da justiça é o verde
Porque é a cor da floresta
E a floresta é a flor do mundo.
Verde é a ferida do inferno
Guerrilha das plantas
Contra a tirania do concreto.
Apesar do cinza, sangue das cores,
O verde resiste
No interior do azul
Seu amigo mais fiel
Cúmplice nas lutas.
Graças aos exércitos
Terríveis do verde
E os batalhões
Numerosos do azul
A terra, o ceú,
E sobretudo o mar
Forjam o dourado
E o vermelho,
Que embriagam a alvorada.
*****
Essa é outra poesia. É uma paródia de uma poesia do Robert Frost chamada Tudo que é dourado deve morrer.
Ianques go home
O primeiro verde da justiça é vermelho
Para ela a cor mais difícil de acalmar
A primeira flor é uma bomba
Depois bomba se rende à bomba
E o Paraíso se transforma em Bagdá.
A paz se converte em nostalgia
A justiça morre em agonia.
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Um comentário:
Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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