30 anos
meu nome não vale um cachorro doente
uma cerveja quente
uma moeda falsa um chip velho de computador
as palavras que juntei
apodreceram na despensa
ou foram roubadas
por críticos eunucos
as putas que não paguei
vieram se vingar
arrebentaram-me todo
o dono do meu apartamento
morreu do coração e seu filho
quer me expulsar
mamãe cansou de me emprestar
dinheiro a fundo perdido
a família já começa
a me olhar como um louco
digno de lástima
depois dos 30
ser poeta
é coisa de maluco
mas tudo bem
restaram-me alguns litros de sangue
que misturo ao uísque
e tomo um porre
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Um comentário:
a última estrofe cura todos os males.
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