Bem que eu tentava aparentar tristeza, mas os garçons não parávam de me servir uísque importado e ela continuava a me sorrir do outro lado da sala. O defunto parecia indiferente ao flerte entre sua filha e eu. Fosse vivo, eu já teria ido embora, evitando confusão, ou melhor, evitando uma morte violenta. Há tempos Danny insinuava-se pra mim. Eu fingia que não reparava. Garota louca, paquerar um cara de quarenta, pobretão, ela com só vinte aninhos e tão rica.
Virgílio de Andrade morrera de crise renal, quem diria. Um sujeito que escapara de mais de vinte tentativas de assassinato, terminar assim, vítima de si próprio, um cadáver de terno e gravata no meio da sala, enquanto seus convidados enchiam a cara e riam de sua lembrança.
Ela veio se aproximando, aos poucos, conversando com as pessoas no trajeto, até que se postou a meu lado, sorrisinho safado.
"Oi! Você vai na festa hoje?"
Olhei para os lados, algumas pessoas nos observavam com malícia. Senti vontade de fumar um cigarro, mas tinha parado de fumar há meses.
"Pô Danny, festa? Seu pai morreu e você dá uma festa?"
"Ah, deixa de ser careta! Quem inventou essas convenções? Morreu morreu! Quem fica tem de comemorar o fato de estar vivo."
Ela olhou-me daquele jeito que me deixava louco, revirando os olhos. Mexeu na blusa, aumentando o decote. Continuou:
"Estou esperando você lá! Vou ficar muuuuito triste se você não for."
E saiu, recebendo os cumprimentos de conhecidos com um ar visivelmente enfastiado. Antes de atravessar a porta da sala do velório, voltou-se e me deu tchauzinho.
Aceitei mais uísque e senti vontade de chorar. De alegria. Aquela garota era meu sonho de consumo. Peitos grandes, coxas grossas, bunda perfeita, cinturinha, cabelos longos pintados de louro, e safadinha que só ela. Quando eu fazia plantão dentro da casa, ela sempre aparecia, exibindo-se. Mergulhava na piscina, estendia-se no quintal, toda gostosa, procurando me excitar. Uma vez ela se deitou na beira da piscina, de biquini, e começou a se masturbar, suavemente. Eu podia ver Seu Virgílio lá dentro, lendo jornal, e não sabia o que fazer para esconder minha ereção. Ela reparou e continuou, olhando-me nos olhos. Gozou com um sorriso que se me fixou na cabeça por meses, torturando-me.
Trabalhar para um bicheiro nunca havia me passado pela cabeça antes de ser expulso da polícia civil, acusado de receber propina. Ah, que piada. Todo mundo fazia isso, mas eu fui escolhido para ser o bode expiatório da tal "nova gestão".
Anoitecia. Despedi-me de quem eu conhecia e saí do velório. Consumia-me pensando em Danny, se valia a pena investir na garota. O filho do bicheiro, Castorzinho, tinha apenas vinte e dois anos, era um playboy total, preocupando-se apenas com carros, mulheres e drogas. Mas não era cego. Não lhe agradaria ver a irmã saindo com um dos seguranças. Seria capaz de mandar me matar com o mesmo sangue frio do pai.
Gastei algumas horas num botequim próximo, bebendo cerveja e tentando não pensar em nada. Faria o que me viesse na telha, na hora certa.
Às dez e meia, estava totalmente bêbado. Chamei um táxi e disse o endereço.
Ela estava linda, com um vestido muito curto, colado ao corpo. Abraçou-me longamente. Disse-lhe que estava bêbado. Ela pegou-me na mão, fez-me sentar num sofá, trouxe água com gás e aconchegou-se em meu colo, fazendo-me carícias no rosto.
Não tinha muita gente na festa, apenas alguns amigos mais chegados. Senti-me melhor após algum tempo. Ela chamou uma de suas amigas, uma morena magrinha, de short. As duas sentaram-se em meu colo e beijaram-se. A morena abaixou a parte de cima do vestido de Danny, fazendo os peitões saltarem. A morena esfregava-se na minha perna e com uma das mãos apertou meu pau por cima da calça. Enfim, ainda a morena, abriu meu flechequer e tirou meu pau pra fora, enorme, duro, latejando. Seus olhos brilharam e atirou-se de boca no mastro, chupando sofregamente. Danny acariciava os próprios seios com uma mão e se masturbava com a outra, não usava calcinha. Sorria-me e dizia-me algo que eu não podia compreender.
"Fui eu."
"O quê?"
"Fui eu."
"Você o quê?"
"Eu matei meu pai."
"O quê?"
"Troquei os remédios dele."
"Ãh?"
Ela não paráva de se masturbar enquanto falava. Fazia caretas como se fosse gozar. A outra continuava me chupando decididamente. Eu estava aprisionado. Enfim, entendi o que ela me dizia.
"Queria ficar com você."
"Danny! Você ficou louca?"
"Não queria ninguém entre nós."
Gozei na boca da morena. Senti Danny estremecer num orgasmo prolongado, seu olhar jorrando carinho e paixão. Pensei algo como: há sempre um pouco de morte em todo grande amor.
Virgílio de Andrade morrera de crise renal, quem diria. Um sujeito que escapara de mais de vinte tentativas de assassinato, terminar assim, vítima de si próprio, um cadáver de terno e gravata no meio da sala, enquanto seus convidados enchiam a cara e riam de sua lembrança.
Ela veio se aproximando, aos poucos, conversando com as pessoas no trajeto, até que se postou a meu lado, sorrisinho safado.
"Oi! Você vai na festa hoje?"
Olhei para os lados, algumas pessoas nos observavam com malícia. Senti vontade de fumar um cigarro, mas tinha parado de fumar há meses.
"Pô Danny, festa? Seu pai morreu e você dá uma festa?"
"Ah, deixa de ser careta! Quem inventou essas convenções? Morreu morreu! Quem fica tem de comemorar o fato de estar vivo."
Ela olhou-me daquele jeito que me deixava louco, revirando os olhos. Mexeu na blusa, aumentando o decote. Continuou:
"Estou esperando você lá! Vou ficar muuuuito triste se você não for."
E saiu, recebendo os cumprimentos de conhecidos com um ar visivelmente enfastiado. Antes de atravessar a porta da sala do velório, voltou-se e me deu tchauzinho.
Aceitei mais uísque e senti vontade de chorar. De alegria. Aquela garota era meu sonho de consumo. Peitos grandes, coxas grossas, bunda perfeita, cinturinha, cabelos longos pintados de louro, e safadinha que só ela. Quando eu fazia plantão dentro da casa, ela sempre aparecia, exibindo-se. Mergulhava na piscina, estendia-se no quintal, toda gostosa, procurando me excitar. Uma vez ela se deitou na beira da piscina, de biquini, e começou a se masturbar, suavemente. Eu podia ver Seu Virgílio lá dentro, lendo jornal, e não sabia o que fazer para esconder minha ereção. Ela reparou e continuou, olhando-me nos olhos. Gozou com um sorriso que se me fixou na cabeça por meses, torturando-me.
Trabalhar para um bicheiro nunca havia me passado pela cabeça antes de ser expulso da polícia civil, acusado de receber propina. Ah, que piada. Todo mundo fazia isso, mas eu fui escolhido para ser o bode expiatório da tal "nova gestão".
Anoitecia. Despedi-me de quem eu conhecia e saí do velório. Consumia-me pensando em Danny, se valia a pena investir na garota. O filho do bicheiro, Castorzinho, tinha apenas vinte e dois anos, era um playboy total, preocupando-se apenas com carros, mulheres e drogas. Mas não era cego. Não lhe agradaria ver a irmã saindo com um dos seguranças. Seria capaz de mandar me matar com o mesmo sangue frio do pai.
Gastei algumas horas num botequim próximo, bebendo cerveja e tentando não pensar em nada. Faria o que me viesse na telha, na hora certa.
Às dez e meia, estava totalmente bêbado. Chamei um táxi e disse o endereço.
Ela estava linda, com um vestido muito curto, colado ao corpo. Abraçou-me longamente. Disse-lhe que estava bêbado. Ela pegou-me na mão, fez-me sentar num sofá, trouxe água com gás e aconchegou-se em meu colo, fazendo-me carícias no rosto.
Não tinha muita gente na festa, apenas alguns amigos mais chegados. Senti-me melhor após algum tempo. Ela chamou uma de suas amigas, uma morena magrinha, de short. As duas sentaram-se em meu colo e beijaram-se. A morena abaixou a parte de cima do vestido de Danny, fazendo os peitões saltarem. A morena esfregava-se na minha perna e com uma das mãos apertou meu pau por cima da calça. Enfim, ainda a morena, abriu meu flechequer e tirou meu pau pra fora, enorme, duro, latejando. Seus olhos brilharam e atirou-se de boca no mastro, chupando sofregamente. Danny acariciava os próprios seios com uma mão e se masturbava com a outra, não usava calcinha. Sorria-me e dizia-me algo que eu não podia compreender.
"Fui eu."
"O quê?"
"Fui eu."
"Você o quê?"
"Eu matei meu pai."
"O quê?"
"Troquei os remédios dele."
"Ãh?"
Ela não paráva de se masturbar enquanto falava. Fazia caretas como se fosse gozar. A outra continuava me chupando decididamente. Eu estava aprisionado. Enfim, entendi o que ela me dizia.
"Queria ficar com você."
"Danny! Você ficou louca?"
"Não queria ninguém entre nós."
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2 comentários:
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