- Humanista, humanista - repete um Beto Brant ainda atordoado com o filme Cinema, aspirinas e urubus.
Estamos do lado de fora do Odeon, o filme de Marcelo Gomes terminou há segundos. Eu havia perguntado a um Beto Brant que passara por mim, expressão aérea, sonhadora, se gostara do filme.
Gomes compôs um clássico. Fotografia, música, diálogos e roteiro, harmonizados com grande sensibilidade poética e humanista.
Filme tocante e profundo, metáfora poderosa e universal do homem, a guerra, a amizade, a miséria.
Depois da exibição, houve festa no Bola Preta, tradicional casa de show na Cinelândia, onde o diretor e seus amigos dançaram e beberam a noite inteira, comemorando o sucesso absoluto do filme. Lírio Ferreira, diretor do consagrado Baile Perfumado e que na próxima terça lança Árido Movie, não parava de abraçar e beijar Marcelo Gomes, seu conterrâneo de Recife, sussurrando em seu ouvido, provavelmente coisas do tipo:
- o filme é do caralho, meu velho. é foda, é foda.
Vale mencionar ainda o curta Entre paredes, que antecede o filme. Inexplicavelmente, houve algumas vaias, e depois, alguns comentários críticos sobre o final óbvio. Mas eu gostei. Filme bonito, poético, sensual.
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